A metodologia empregada no Projeto “Monitoramento Ambiental dos Biomas Brasileiros por Satélites: Mata Atlântica, Caatinga, Pampa e Pantanal” será detalhada em relatório específico. De modo resumido, as seguintes etapas foram executadas para a produção do Mapa de supressão da vegetação nativa acumulada para o bioma Mata Atlântica:

1. Criação do banco de dados geográficos:

1.1. Concepção:

O BDG foi criado em servidor de banco de dados PostgreSQL 9.5 com PostGIS2.2, contendo um banco de dados com modelo de dados TerraAmazon 7.1. O banco contém o cadastro dos usuários, as regras topológicas, classes temática, camadas de saída e camada que define a área de interesse (limite do bioma).

1.2. Dados auxiliares:

Como fonte de informações adicionais, foram utilizados dados oficiais, principalmente oriundos do Mapeamento dos Recursos Naturais do Brasil (IBGE, 2018);

Mapa de uso e cobertura da terra relativo ao Terceiro Inventário Nacional de GEE (MCTIC, 2016);

Atlas de remanescentes da Mata Atlântica. Como efeito considerando o limite da Lei da Mata Atlântica (n.º 11.428/2006), algumas áreas estão no Bioma Caatinga e mapas da literatura.

1.3. Imagens de satélite:

Foram utilizadas 52 cenas Landsat8-OLI para retratar a totalidade do bioma Caatinga, as quais foram adquiridas gratuitamente no portal Earth Explorer - USGS (https://earthexplorer.usgs.gov/). Por definição metodológica, foram obtidas as mesmas cenas/datas utilizadas para execução do IV INGEE (MCTIC/PNUD/Agrosatélite), conforme orientação técnica do INPE, visando à redução de inconsistência entre os projetos.

As cenas e suas datas são anotadas no dado. Ver as colunas path_row para orbita-ponto e image_date para a data da imagem.

Em alguns casos são utilizadas mais de uma data por orbita-ponto por apresentarem melhor qualidade e/ou diferente cobertura de nuvem que permita ampliar a área mapeável.

Algumas cenas não constavam na lista de imagens do IV INGEE, mas apresentavam qualidade muito superior àquelas indicadas na lista, e portanto foram utilizadas no mapeamento.

2.Processamento digital das imagens:

Envolveu a composição colorida (R5G6B4) e manipulação de contraste(linear) de cada cena.

3.Mapeamento:

O mapeamento foi realizado a partir da interpretação visual e vetorização manual das classes de interesse:"desmatamento", "hidrografia" e "área não observada".

4. Auditoria:

A verificação completa (100%) do mapa foi realizada por um intérprete de imagens mais experiente (Fabiana Cristina de Oliveira Santos). Essa verificação envolveu a correção de feições e também a homogeneização do mapeamento entre as unidades de trabalho (cenas).

5.Verificações topológicas:

O mapa passou por verificações e correções topológicas para a eliminação de sobreposições, buracos e polígonos inconsistentes.

6. Valores dos atributos relativos às classes adotados durante o processo de produção do dado:

Em “class_name”, os valores possíveis são: “d_ac” (desmatamento acumulado até 2016); “agua” (corpos d’água naturais); “sombra_relevo” (sombras causadas pela geometria de aquisição das imagens); “nuvem” (áreas cobertas por nuvens e suas sombras). Em “main_class”, as classes detalhadas (“class_name”) estão agrupadas em “DESMATAMENTO” (área total desmatada: “d_ac”), “HIDROGRAFIA” (“hidrografia”) e “NAO_OBSERVADA” (área em que a análise não foi possível ou foi prejudicada por causa da presença de “nuvem” ou “queimada” ou “sombra_relevo”).

7. Análise de acurácia:

A validação será realizada após consolidação do dado.